Dimensão e fluxo material das plantas em um terreiro de umbanda
Abstract
Esta pesquisa discute sobre a dimensão material das plantas e das áreas de vegetação que integram o cotidiano de um grupo religioso alocado em um terreiro de umbanda da cidade de São Paulo-SP/Brasil1 . A partir de um trabalho de campo de caráter etnográfico, apresenta-se duas situações empíricas em que pode-se perceber que as plantas não finalizam na superfície de suas folhas, mas justamente caminham no sentido de um certo transbordamento que perpassa e se estende para além do universo (ou “reino”) vegetal. Propõe-se então pensar nas plantas em seu sentido relacional e a partir dos engajamentos que lhes caracterizam, condição que permite revisitar a ideia de ‘cultura material’, da qual as plantas mantém-se reféns ora da natureza, ora da cultura. This paper discusses about the material dimension of plants and vegetation areas that make up the daily life of a religious group allocated in an umbanda’s temple of São Paulo city (Brazil). From an ethnographic fieldwork, the study presents two empirical situations in which it may be seen that plants do not finalize on the surface of their leaves, but they precisely go toward a certain overflow that permeates and extends beyond the plant’s universe (or “kingdom”). It is proposed, then, to think about the relations of the plants and the engagements that characterize them, a condition that allows revisiting a certain idea of ‘material culture’, which keeps plants either prisoners of culture or nature domains.
Collections
- Revista Avá [323]
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