Atores de conhecimento e intervenção : a construção social da agricultura ecológica
Abstract
Esta investigación describe la construcción de la red social y técnica de la agricultura ecológica en el
sudoeste del estado de Paraná (Br.), a través del itinerario de agricultores/as campesinos/as y
familiares. Se analiza la constitución de proyectos de vida y desarrollo social en contraposición a las
formas impuestas por la agricultura de la modernización conservadora. Se procura analizar la
agricultura ecológica como una categoría de pensamiento en términos sustantivos, a partir de la lectura
de las ‘tensiones’, contradicciones y avances, tanto en los espacios de los grupos familiares como en
los procesos sociales y de organización. En acciones dinámicas, a través de los procesos y eventos
festivos, contestatarios, pedagógicos, organizativos, se constituye, de acuerdo a la perspectiva de
Bruno Latour, una red sociotécnica de conocimiento que se va ‘endureciendo’ a medida que la
agroecología se hace y se reflexiona. La emergencia de esta categoría social se sitúa en los recorridos
de actores humanos, artefactos, ‘cosas’, llevados a cabo en el territorio del sudoeste de Paraná,
‘enredados’ en la agricultura ecológica y las luchas socio-políticas junto a entidades-colectivos
políticos—, tales como organizacions, movimientos sociales y cooperativas.Desde la Revuelta de los
Colonos por la posesión de la tierra y las luchas para permanecer en ella con miras a la reproducción
social, emergieron como hilos conductores de este estudio la vida campesina y la cultura local, así
como, la construcción de formas de sustentabilidad social y económica. A través de los relatos
biográficos de los agricultores/as ecológicos/as, de las entrevistas con mediadores/as, dirigentes y
líderes, salidos de los procesos de estudio y participación en reuniones, foros, intercambios educativos
y eventos festivos, observamos y problematizamos: en primer lugar, las dinámicas internas de la
unidad de producción y vida familiar (UPVF), en el que la tierra no está concebida como mercancía
sino como un espacio de vida y construcciones sociales y culturales multidimensionales, donde se
elaboran los proyectos de vida de acuerdo a otras relaciones de género y otro vínculo entre las
generaciones y la participación de los grupos familiares en procesos educativos y acciones
organizativas. En segundo lugar, observamos y problematizamos los vínculos y percepciones de la
UPVF y los colectivos políticos con los espacios y dinámicas externas, a través de la lucha por la
ampliación de las tecnologías, relaciones de trabajo diferentes, acceso y la participación en la
investigación, formas de comercialización y generación de ingresos, financiamiento a través del
crédito, como aspectos cruciales del ‘endurecimiento’ de esta red y sus relaciones con las políticas
públicas. Finalmente, analizamos las Fiestas de la Semilla y las Jornadas de Agroecología como
‘eventos rituales’ que actúan en la transformación de un orden social, como acontecimientos que
enfatizan los que es ‘dicho’ y ‘hecho’ en las UPVFs, en tanto laboratorios de la red sociotécnica de
conocimiento que intervienen en el ‘endurecimiento’ a través de reuniones y manifestaciones, tales
como marchas, danzas, mística, símbolos, banderas y música. Estas actividades ponen en evidencia y
conviocan a la sociedad en general a participar en las luchas sociales, entre estas, la agroecología que
cobija diversidades sociales, políticas y culturales, en un modo distinto de ‘ser’ y ‘hacer’ en la
sociedad. This investigation describes the construction of the social and technical net of ecological agriculture in
Southwest Paraná, the peasantry and families’ itineraries. There is an analysis on the constitution of
life projects and social development opposing the ways imposed by conservative agriculture and
modern rationality. A meaningful effort was made to analyze the ecological agriculture as a category
of thought towards its substantiality, reading the “tensions”, contradictions and advancements, either
in family or social environment. In dynamic movements, along contestaroty, pedagogical, organizational festive processes and events, which in Bruno Latour’s perspective constitute a socio-technical network of knowledge construction that gradually “hardens” and reflects the agroecology.
The emergency of this social category is situated on the route of human actors, artifacts, “things”, and
facts in Southwest Paraná, “tied” in ecological agriculture and in socio-political fights along Entities,
Organizations, Social Movements and the Solidarity Field Cooperatives – political collectives. Since
the Settlers’ Revolt for land possession and wars to “stay” in it aiming social reproduction, life in the
country and its culture as well as the construction of ways for getting social and economical
sustainability, emerged as conductors of this study. Through ecological farmers’ life histories,
interviews with mediators, leaders, graduates of the study process and participation in meetings,
conferences, study interchange and festive events, we observed and pictured the problem: first the
internal dynamics of the unit of production and family life (UPFL), in which the land is not only a
space for marketing, but also for life and social/cultural multidimensional constructions, where life
projects are constituted in other relations of genre, generation and participation of families in studies
and organizational deeds; second, relations and perceptions these actors had about UPFL and the
political collectives with the external space and dynamics, mediated by fights on technological
broadening, distinct work relations, the access and participation in researches, forms of commerce,
income generation, credit leasing, as crucial aspects on the “hardening process” of this network and its
relations with public policies. Finally we analyzed the Seeds Feasts and the Agroecological Journey as
“ritual events” that act on the transformation of a social order and not on its maintenance, like events
that stress on what is “said” and “done” in the UPFL’s – laboratories of socio-technical knowledge of
the network – that “harden” in actors’ reunions and manifestations like marches, dances, mystical
feasts, symbols, flags and songs the same way they are put in evidence, calling society to participate in
social fights, among these, the agroecology that comprehends social, political and cultural diversities,
in a special way of “being” and “doing” in society. Esta investigação descreve a construção da rede social e técnica da agricultura ecológica no Sudoeste
do Paraná, dos itinerários dos agricultores/as campesinos/as e familiares. Analisa-se a constituição de
projetos de vida e de desenvolvimento social adversos às formas impostos pela agricultura de
racionalidade moderna conservadora. Empreendemos esforços para analisar a agricultura ecológica
como categoria de pensamento a partir de sua substancialidade, nas leituras das tensões, contradições e
avanços, tanto nos espaços dos grupos familiares quanto nos processos sociais e de organização. Em
movimentos dinâmicos, nos processos e eventos festivos, contestatórios, pedagógicos, organizativos,
que na perspectiva de Bruno Latour constituem uma rede sócio-técnica de construções de
conhecimentos que vai “endurecendo” à medida que se faz e se reflete a agroecologia. A emergência
desta categoria social está situada nos percursos de atores humanos, artefatos, “coisas”, e fatos no
Território Sudoeste do Paraná, “enredados” na agricultura ecológica e lutas sócio-políticas junto às
Entidades, Organizações, Movimentos Sociais e Cooperativas do Ramo Solidário – coletivos políticos.
Desde a Revolta dos Colonos pela posse da terra e as pelejas para nela “ficar” em vista da reprodução
social, a vida campesina e cultura local, bem como, a construção de formas de sustentabilidade social
e econômica, emergiram como fios condutores deste estudo. Por meio das narrativas de vida de
agricultores/as ecológicos/as, entrevistas com mediadores/as, dirigentes/lideranças, egressos de
processos de estudo e participação em reuniões, fóruns, intercâmbios de estudo e eventos festivos,
observamos e problematizamos: primeiro as dinâmicas internas da unidade de produção e vida
familiar (UPVF), no qual a terra não é apenas espaço de mercantilização, mas de vida e de construções
sociais/culturais multidimensionais, onde se constituem os projetos de vida em outras relações de
gênero, de geração e participação dos grupos familiares em estudos e ações organizativas; segundo, as
relações e percepções destes atores da UPVF e dos coletivos políticos com os espaços e dinâmicas
externas, mediadas por lutas na ampliação das tecnologias, das relações distintas de trabalho, do
acesso e participação na pesquisa, das formas de comercialização, da geração de renda, dos
financiamentos de crédito, como aspectos cruciais no “endurecimento” desta rede e suas relações com
as políticas públicas. E, por fim analisamos as Festas das Sementes e Jornadas de Agroecologia como
“eventos rituais” que atuam na transformação de uma ordem social e não de sua manutenção, como
acontecimentos que colocam assento no que é “dito” e “feito” nas UPVFs - laboratórios de
conhecimentos sócio-técnicos da rede - que no conjunto da reunião de atores e suas manifestações
como marchas, danças, místicas, símbolos, bandeiras e músicas são “endurecidos” e colocados em
evidência, chamando a sociedade em geral para participar das lutas sociais, dentre estas, a
agroecologia que abriga diversidades sociais, políticas e culturais, num modo distinto de “ser”e
“fazer” na sociedade.
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