Uma etnografia ambulante : das estratégias do trabalho informal nos trens do Rio de Janeiro
Abstract
O presente artigo analisa as estratégias de venda dos trabalhadores ambulantes que atuam no sistema de transportes de trens da cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente aqueles que trabalham no Ramal Santa Cruz, que liga o bairro da Zona Oeste até a Central do Brasil - estação de integração entre as linhas de ônibus, metrô e trens urbanos. Para isso, realizo uma etnografia em viagens de trem focalizando a operacionalidade das críticas e justificativas dadas por esses trabalhadores para venderem seus produtos dentro dos vagões e nas estações, fazendo do accountabily social uma maneira de alcançar os fundamentos morais por trás de suas estratégias de obtenção de trabalho. Ordeno conceitualmente o discurso e a performance dos ambulantes segundo aquilo que chamo de crítica, antecipação crítica e simpatia, apresentando uma discussão sobre como estas dimensões delimitam e caracterizam o contexto de informalidade do trabalho que se estabelece nesse fluxo urbano. This article analyzes street vendors’ sale strategies within the Rio de Janeiro train transport system. It focuses on the Santa Cruz station, an integration station between bus, subway, and city train lines that connects the “Zona Oeste” neighborhood to “Central do Brasil”. Discussion results from an ethnography made on the train travel seeking to understand the operationality of the criticisms and justifications these workers’ give to sell their products in the wagons and stations, making social accountability a way to achieve the moral foundation behind their job-seeking strategies.
Collections
- Revista Avá [337]
The following license files are associated with this item: